Como um simples vírus é capaz de pegar um mundo desprevenido e causar tantos problemas assim? O cenário de 2020 é bem ruim. No entanto, pela primeira vez na história, pudemos contar com a internet e a transformação digital, que têm sido fundamentais para manter negócios ativos e pessoas conectadas.
Os meses passam e as consequências da pandemia continuam. Neste momento atual, é necessário que os governos, órgãos e empresas elaborem medidas para diminuir ou suavizar os impactos da doença.
No Brasil, as fintechs e os bancos digitais têm se mostrado bastante atuantes no apoio à crise do coronavírus. Além disso, o Banco Central lançou uma série de medidas para ajudar o país a se reerguer.
Acompanhe este post para entender de que forma o setor financeiro tem agido para minimizar os impactos econômicos em decorrência da COVID-19 no Brasil.
Ações do Banco Central de auxílio à superação da crise do coronavírus
O setor financeiro como um todo não tem encarado um desafio muito grande em relação à crise. Por já estar bastante amadurecido em relação à transformação digital, a maioria das instituições não sofreram ao passar os serviços para home office ou restringir a presença física nos escritórios ou agências, por exemplo.
A preocupação principal de todo o setor é quanto aos impactos da crise a longo prazo, principalmente na diminuição do consumo da população brasileira e no enfraquecimento da economia no país.
O cenário atual demanda que as instituições financeiras em geral tenham capital suficiente para conceder mais crédito e ampliar os planos de concessão.
O Banco Central, então, criou uma série de medidas para fornecer liquidez ao Sistema Financeiro Nacional e para fazer fluir o canal de crédito. De acordo com o BCB, “a ideia é que os bancos tenham recursos prontamente disponíveis em volume suficiente para emprestar e para refinanciar dívidas das pessoas e empresas mais afetadas pela crise”.
Dentre as mais de 30 novas medidas, vamos abordar duas delas:
Pequenas e médias empresas terão operações de crédito facilitadas
De acordo com o Sebrae, o Brasil possui uma média de 6,4 milhões de estabelecimentos ativos, sendo 99% deles MPEs. Esta larga faixa da economia do país é responsável por empregar 52% da população e precisa de novos meios para se manter em atividade e enfrentar de frente a crise do coronavírus. E é por isso que uma das medidas criadas pelo Banco Central é destinada à criação de mais operações de crédito para médias e pequenas empresas.
Autorização para fintechs emitirem cartões de crédito e se financiarem no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
O fato de serem essencialmente digitais torna as fintechs de crédito importantíssimas. Suas plataformas possuem alta capilaridade e conseguem alcançar parte da população com acesso reduzido aos serviços financeiros. Depois da nova medida, as operações das fintechs de crédito passaram a englobar novos tipos de fundos que antes não eram autorizados, mas que atualmente têm sido essenciais no enfrentamento à crise.
As iniciativas das fintechs no apoio ao cliente
Já ficou claro que, por terem nascido em plena transformação digital, é muito mais fácil para as fintechs alcançarem novos segmentos da população, inclusive os conhecidos como desbancarizados.
Com a diminuição do poder de consumo e o enfraquecimento da economia como um todo, não apenas as empresas brasileiras como também grande parte da população precisa de novos serviços financeiros. E as fintechs, por terem facilidade em trabalhar com modelos de negócios diferentes e inovadores, são perfeitas para apoiar e suprir estas novas demandas dos clientes.
Mas o papel das fintechs na crise do coronavírus não acaba aí. Muitas pessoas estarão em busca de acesso digital e linhas de crédito pela primeira vez e precisarão de muita informação e atenção antes de tomarem as melhores decisões. E as startups voltadas para o setor financeiro precisarão facilitar esse acesso e educar estes clientes inseguros para que compreendam melhor os processos que estão fazendo.
Entre as principais iniciativas criadas atualmente, vamos citar algumas:
Prestho
A fintech Prestho tem criado alternativas de segurança para a população da terceira idade que não está acostumada a serviços financeiros digitais. Uma delas disponibiliza um recurso de double check, em que, dependendo do horário ou valor da movimentação, envia um alerta a algum familiar do idoso para que o procedimento financeiro seja autorizado.
Nubank
A Nubank, primeira empresa de serviços financeiros digitais, tem pensado em novos formatos de recursos de segurança que sejam de fácil utilização pela população pouco digitalizada, como biometria e reconhecimento facial. Esta é a melhor forma de garantir a segurança sem desconsiderar a experiência do cliente.
O papel central dos bancos digitais
Assim como tem acontecido com as fintechs, os bancos digitais, com diferentes usos de tecnologia bastante amadurecidos, também estão conseguindo prestar esse serviço direcionado à população mais afetada pela crise.
Isso porque a possibilidade de oferecer os serviços financeiros completos de forma digital já acontecia, ou seja, não houve a necessidade de adequar os canais e operações para funcionarem a distância. Além disso, o uso de tecnologia em si, principalmente na automatização de processos, tem sido essencial para suportar o aumento de procura e garantir mais escalabilidade às empresas.
A crise do coronavírus tem afetado drasticamente a economia brasileira e o comportamento de consumo da população. No entanto, a transformação digital e a presença de bancos digitais e fintechs têm proporcionado benefícios para que estes impactos possam ser encarados com um pouco mais de suavidade.
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